29.4.13

Teleferico do Alemão e o turismo na favela

Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.

Liga que o teleférico que liga as favelas do complexo do Alemão no Rio de Janeiro/RJ ligeiro já paga uma de roteiro turístico alternativo, com maluco passeando, visitando, tirando foto, acenando, dando bom dia até pro boi, no bolinho lado a lado com morador da comunidade, favelado, guia turístico, tradutor de dialeto, uscambau.

Maluco do Jornal O Globo aproveitou e tirou uma de gringo que cola curioso em ver a goma da invasão da UPP, fita que ficou famosa mundialmente mostrando a fuga dos soldados do morro, fuzil, metralhadora na mão, bermuda, chinelo, dando pinote na estrada de terra da Serra da Misericórdia batizada de Estrada do Bope, daquele jeito.

Liga trechos da matéria de 15/1/2012:

Teleférico do Complexo do Alemão entra para a rota turística


O novo meio de transporte de moradores da região atrai turistas interessados em conhecer a comunidade

Ele atraiu olhares do mundo inteiro com uma fuga cinematográfica no fim de 2010, quando traficantes escaparam das forças militares correndo por uma estrada de terra. Agora, o Complexo do Alemão segue atraindo o interesse de pessoas de outros estados e países. Mas tirou o medo da rota e vem ganhando status de atração turística desde que o teleférico passou a funcionar em horários ampliados, em dezembro do ano passado, deixando de ser somente um meio de transporte para os moradores. De acordo com a Supervia, a perspectiva é que, com o início da operação plena, o número de passageiros transportados chegue a 30 mil por dia. Percebendo as boas oportunidades da mais nova atração turística do Rio, agências de turismo oferecem tour pelo complexo, com vista panorâmica e caminhadas por dentro da comunidade. De acordo com o coordenador da Rio Turismo Legal (projeto que oferece o serviço), Ronald Ferreira, o percurso mais solicitado pelos turistas é a Serra da Misericórdia, que ficou conhecida popularmente com a Estrada do Bope.

- É quase unânime. Eles já chegam perguntando se é possível conhecer a estrada que apareceu na TV e que foi notícia no mundo inteiro quando o Exército chegou ao complexo - afirma Ferreira.

(…)

Em sua segunda viagem ao Rio, o casal Cristiano Aldriguete, de 35 anos, e Regiane Durante, de 33, levou os filhos Henzo e Cadu, de 5 e 1 ano, para um passeio bem diferente do que fizeram quando estiveram pela primeira vez na cidade. O empresário e a fisioterapeuta estavam curiosos com o roteiro alternativo.

- É a primeira oportunidade que nós temos de manter um contato direto com a comunidade. Ainda não sabemos o que vamos encontrar por lá. Estou ansioso e satisfeito com essa nova possibilidade de passeio — afirma o empresário de Jaguariúna, interior de São Paulo.

Já a moradora de Higienópolis Joana Darc da Silva, de 55 anos, levou pela segunda vez familiares de fora do Rio para conhecer o teleférico. Eles se mostraram impressionados com a vista do lugar, que antes só conheciam pela televisão.

- Vi a estrada onde aconteceu a fuga dos traficantes, que acompanhei pela TV. Também andamos por dentro da comunidade e tem bastante policiamento. Coisa de turista mesmo - conta, aos risos, o aposentado de São Paulo Juarez Pereira, de 72 anos.

Quem viu no Teleférico do Complexo do Alemão uma oportunidade de novos horizontes nos negócios na rota turística da cidade foi o coordenador do projeto Rio Turismo Legal, Ronald Ferreira, que há um ano vem oferecendo pacotes turísticos.

- Mesmo antes das Forças de Pacificação, já percebia o interesse dos turistas em conhecer a comunidade, já que o favela tour era praticado no Rio há algum tempo, principalmente por turistas de outros países. Desde novembro de 2010, estamos realizando o roteiro, que é um sucesso — diz Ferreira, que chega a guiar de 30 a 40 pessoas por passeio.

De acordo com o guia , a captação de turistas acontece por meio dos próprios hoteis. Os hóspedes mostram interesse em ir ao complexo e os estabelecimentos indicam o projeto.

- Grande parte dos turistas é americana e a rota mais pedida continua sendo a Serra da Misericórdia, que acabou ficando conhecida como a Trilha do Bope. Ofereço o pacote por R$ 40, incluindo o passeio no Teleférico, caminhada a pé por dentro da comunidade e um lanche - explica Ferreira, que também vende o passeio em sites de compras coletivas pela internet.

O Teleférico do Alemão tem 3,5 km de extensão e 152 gôndolas, com capacidade para transportar dez passageiros cada uma. A viagem da primeira estação, em Bonsucesso, à última (Palmeiras) dura 16 minutos. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 6h às 21h; sábados, das 8h às 20h; domingos e feriados, das 9h às 15h.


O Teleférico A e a Comunidade

Liga que logo que foi inaugurado, os moradores da comunidade e os cariocas de outros bairros foram conhecer o teleférico e o sistema de transporte público flutuante. Vai vendo matéria no portal Terra de 11/7/2011:

Com favelas pacificadas, cariocas testam teleférico do Alemão

(...) Apesar do pedido do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), para que não fossem empinadas pipas próximo ao teleférico, dezenas delas podiam ser vistas entre as gôndolas que ligam seis comunidades. O local recebe o teleférico pouco mais de sete meses após sua ocupação por parte de forças de segurança em uma ação contra o tráfico, ocorrida depois de uma série de ataques na cidade em novembro.

De olhos vidrados na janela da cabine, Kaique Fernandes Santos, 7 anos, ficou impressionado com a proximidade com que as cabines passam das casas em alguns pontos. "Dá para ver tudo lá dentro", disse. Ele foi da Ilha do Governador, onde mora, ao Complexo do Alemão levado pelo avô Maicon Oliveira dos Santos, 63 anos. A irmã, Brenda, 4 anos, também se divertia no trajeto.

Nívia Vânia Pereira, 21 anos, aproveitava a mobilidade do teleférico para passear com seu marido, Fábio Alves, 23 anos. Com sete meses de gestação, Nívia comemorou a chegada do novo meio de transporte. "A estação Palmeiras fica bem perto da nossa casa", afirmou. O casal trabalha na própria comunidade e disse que não deve necessitar das gôndolas diariamente. Fábio, no entanto, reconhece que o teleférico pode ser de grande serventia para quem trabalha no centro. "Antes o pessoal gastava até R$ 7 para ir de um lado a outro no Complexo. Agora vai ser só R$ 1", afirmou.

(...) O teleférico do Complexo do Alemão tem 152 gôndolas para o transporte de 3 mil passageiros por hora. Em cada gôndola, cabem oito pessoas sentadas e duas em pé. Para percorrer o caminho entre a primeira estação, Bonsucesso, e a última, Palmeiras, são necessários 16 minutos. Nas primeiras quatro horas de funcionamento, o teleférico recebeu 8,6 mil passageiros.

Violência no Rio

O Complexo do Alemão está ocupado pelas forças de segurança desde o dia 28 de novembro de 2010. A tomada do local aconteceu praticamente sem resistência numa ação conjunta da Polícia Militar, Civil, Federal e Forças Armadas. A polícia investiga uma possível fuga de traficantes pela tubulação de esgoto do Alemão antes dos policiais subirem o morro. Na quinta, 25 de novembro de 2010, a polícia assumiu o comando da Vila Cruzeiro, na Penha. Ambos dominados, até então, pela facção criminosa Comando Vermelho. As ações foram uma resposta do Estado a uma série de ataques, que começou na tarde do dia 21 de novembro de 2010. Em uma semana, pelo menos 39 pessoas morreram e mais de 180 veículos foram incendiados por criminosos nas ruas do Rio de Janeiro.

A reportagem do O Globo mandou um salve pra tiozinho vendendo passeio por site de compras coletivas, quando o bagulho estava na moda, uma pá de paga pau, economizando, na fissura atrás de desconto, uscambau. Se pam fazendo referencia a outra matéria que saiu no Estadão em 5/8/2011, vai vendo:

Tour no Alemão está até em site de compra coletiva
Por: Clarissa Thomé / RIO - O Estado de S.Paulo

Entre curiosidades do passeio está a movimentação das tropas do Exército

Os sites de compra coletiva descobriram o Complexo do Alemão, na zona norte do Rio. O passeio pelas seis estações do teleférico é vendido como uma visita "à mais fantástica comunidade do Rio de Janeiro". O roteiro inclui passeio a pé pela favela pacificada desde novembro, em um trecho percorrido em cerca de 30 minutos. Moradores de Manaus, São Paulo e Brasília estão entre os compradores do pacote, que sai por R$ 15,00.

O visitante faz um tour acompanhado por guia turístico credenciado. No trajeto, o profissional aponta as curiosidades - Igreja da Penha, Ponte Rio-Niterói, Engenhão, as obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a movimentação das tropas do Exército, que continua ocupando as favelas, e até o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar que podem ser avistados de longe.

Mas não é isso que chama a atenção do turista. "No Pão de Açúcar, no Cristo, a visão é linda, mas é quase uma paisagem moldada. Aqui é uma vista urbana, a gente vê a casa das pessoas, o movimento sobre as lajes, crianças soltando pipas, cães andando por ali", afirmou o capixaba Felipe Pereira Garcia, de 27 anos, que ontem fez o passeio.

"Acho que o Complexo do Alemão será o terceiro ponto turístico do Rio, atrás do Pão de Açúcar e do Corcovado", diz Ronald Teixeira, coordenador do projeto Rio Turismo Legal. Ele quer ainda criar mais dois roteiros - a Trilha do Bope, caminhada pelo local usado como rota de fuga dos traficantes, em novembro, e o passeio à Lagoa Azul do Alemão, piscinão formado durante a escavação de uma pedreira, na Serra da Misericórdia. "O turismo vai resgatar essa comunidade."

Não há ainda lojinhas de souvenir e produtos que sejam a marca do Alemão, como camisetas e bonés. Mas o visitante que chega à Estação Palmeiras, a última, é convidado a parar na lanchonete do jovem casal Camila e Dimas Lemos, que vive ali há 15 anos e viu nas obras do teleférico uma oportunidade de melhorar a renda. "Depois da inauguração, dobramos o faturamento. Agora já estão vindo mais visitantes", comemora Camila.

Inaugurado há em julho de 2011, o teleférico já recebeu 218 mil pessoas até agosto. O pico foi logo na primeira semana - 28 mil passageiros em quatro horas de funcionamento. Hoje a média é de 6 mil pessoas por dia. Nas férias, algumas crianças davam mais de 20 voltas. Com o reinício das aulas, o teleférico voltou a assumir caráter de transporte público. A rotina só é quebrada pelos turistas atraídos pelas notícias sobre a favela pacificada ou pelos sites de compra coletiva, como Alertados, Grupo Ligado e Viagens Coletivas.

O passeio começa na estação de trem de Bonsucesso, interligada ao teleférico. Ali, passageiros são recebidos por funcionários terceirizados da empresa. Os estrangeiros são encaminhados ao americano Daniel Armstrong, de 29 anos, que vive no Méier, zona norte, desde 2009. Ele auxiliou alemães, coreanos, americanos. "Os alemães sempre querem saber o motivo do nome da favela. Explico que o alemão, na verdade, era um polonês dono dessas terras."

Sentiu firmeza? Não me acompanha que não sou novela!


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Copyleft impresso e manipulavel

Revista Ocas

Msg sobre impressão c2c na Lista Metafora tipo mais de uma década atrás.

Copyleft impresso e manipulavel

11.09.2002 - Falai' metaforas,

Se liga nessa ideia de um maluco q disponibiliza em coyleft minibooks de arte para neguinho baixar, imprimir, dobrar e partir pra dentro.

Zooloo, object non indentifie
http://www.alt-man.com/zooloo/

To viajando aqui mas se pam o sanguebom inventou um modelo p2p de editoracao e distribuicao fisica de ebooks, uscambau... pq ler o firstmonday na tela e' embacado! Imagina um futuro vc mandando um sms pro homeless da esquina pra encomendar um print com capa desenhada, papel reciclado uscambau? Tipo juntando o zooloo com aquela parada dos street papers:

http://www.ocas.org.br

Se for so' no sapatinho pa' pum da' pra inventar uns zooloos estrumbados pro blogchalking reverse q e' daquele jeito :-)

Demorou!

\//
Tupi

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Descobriram

.manifesto photoshópico

Msg sobre dialeto na Lista Metafora tipo 12 anos atrás.

Descobriram

01.08.2002 - Falai Pilguer e Metaforas,

Me caguetaram :-D

Charles Pilger escreveu :
Falando em produção em série... Vai Tupi, confessa: você criou um programinha onde você escreve um texto e ele converte para esse teu dialeto, né? :-)


Vixi, maos no capo, ta' no enquadro!

Mas nem programinha de traducao nao, na verdade EU sou um software :-D :-D :-D

Chatterbot ate' umas horas...

Mano, ta' ligado q o dialeto nao e' meu nao, e' so' colar tipo nos foruns dos sites bocadaforte, realhiphop, pretobomba uscambau pra trombar com os trutas e sair no veneno!

Nada como um dia apos o outro dia.

\//
Tupi


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